O petroleiro MV Wakashio navegava rumo ao Brasil, no passado dia 25 de julho, quando encalhou nos recifes de Point d’Esny , frente à costa sudeste das Maurícias, onde foram derramadas mais de 800 toneladas de petróleo.
O acidente causou vários danos, tanto a nível da fauna e da flora marinhas, como na economia local. Nessa semana foram encontradas 40 carcaças de golfinhos mortos, revelou Jasvin Sok Appadu do Ministério da Pesca das Ilhas Maurícias em declarações à Reuters.
Até ao momento, foram feitas autópsias a 25 dos 40 golfinhos que deram à costa nas Ilhas Maurícias e são esperadas mais nos próximos dias. Alguns ambientalistas presentes descreveram a situação “dramática” que aqueles golfinhos viveram.
Investigação ainda está a decorrer
Em declarações à Reuters, o ambientalista Pillay, que esteve presente no local, disse que “estava uma mãe golfinho a nadar em redor do filho golfinho, já morto naquela altura”. Inicialmente a mãe golfinho não teve qualquer tipo de reação, “mas em poucos minutos ela virou-se de lado, com uma barbatana na água e uma de fora, e começou a bater a cauda muito, muito rápido”, disse Pillay.
Segundo o ambientalista, a mãe golfinho “nadou em círculos em frente ao barco, mexeu a cauda de forma muito violenta e passados cerca de 5 minutos parou de se mexer e afundou… ouvimos gritos, achei que era uma mulher no barco, mas disseram-me que era o golfinho. Não sabíamos o que fazer. Foi de cortar o coração.”
Os veterinários encarregues de examinarem as carcaças revelaram que os mamíferos tinham vários ferimentos no corpo, mas não detetaram a presença de hidrocarbonetos.
As primeiras autópsias foram feitas pelo Centro de Pesquisas de Pescaria de Albion e a investigação ainda está a decorrer.
VO/Reuters